segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Sétima Auto-outorga, a Final de Cristo Michael

Documento 119

(1316.4) 119:7.1 Por dezenas de milhares de anos, todos nós esperamos, ansiosamente, pela sétima e última auto-outorga de Michael. Gabriel mostrara-nos que essa outorga terminal seria feita à semelhança da carne mortal, mas ignorávamos inteiramente o modo, a época e o local dessa aventura culminante.

(1317.1) 119:7.5 Joshua ben José, o menino judeu, foi concebido e nasceu no mundo, exatamente como quaisquer outros meninos, antes e depois, exceto pelo fato de que este menino, em particular, era a encarnação de Michael de Nébadon, um Filho divino do Paraíso e o Criador de todo este universo local de coisas e seres. E esse mistério da encarnação da Deidade na forma humana de Jesus, cuja origem pareceria natural ao mundo, permanecerá insolúvel para sempre. Na eternidade mesmo, jamais ireis conhecer a técnica e o método da encarnação do Criador, na forma e à semelhança das suas criaturas. Esse segredo pertence a Sonárington; e tais mistérios são da exclusiva posse desses Filhos divinos que passaram pela experiência da auto-outorga.

(1317.2) 119:7.6 Alguns homens sábios, na Terra, sabiam da chegada iminente de Michael. E, por intermédio dos contatos de um mundo com o outro, tais homens sábios e possuidores do discernimento espiritual souberam da auto-outorga vindoura de Michael em Urântia. E, por meio das criaturas intermediárias, dois serafins fizeram o anúncio a um grupo de sacerdotes caldeus, cujo líder era Arnon. Esses homens de Deus visitaram o menino recém-nascido. O único evento sobrenatural associado ao nascimento de Jesus foi esse anúncio a Arnon e aos seus companheiros, feito pelos serafins anteriormente designados para Adão e Eva, no primeiro jardim.

(1317.3) 119:7.7 Os pais humanos de Jesus foram pessoas dentro da média, daquela geração e daquela época; e esse Filho de Deus, encarnado assim, nasceu de uma mulher e foi criado da maneira peculiar a todas as crianças daquela raça e daquele tempo.

(1317.4) 119:7.8 A história da permanência de Michael em Urântia, a narrativa da auto-outorga mortal do Filho Criador, no vosso mundo, é matéria além do escopo e do propósito desta narrativa.

8. O Status de Michael Pós-outorgado

(1317.5) 119:8.1 Após a sua outorga final, e plena de êxito, em Urântia, Michael foi aceito, não apenas pelos Anciães dos Dias, como o governante soberano de Nébadon, mas também pelo Pai Universal, que o reconheceu como o dirigente estabelecido do universo local da sua própria criação. Quando do seu retorno a Sálvington, este Michael, Filho do Homem e Filho de Deus, foi proclamado como o governante estabelecido de Nébadon. De Uversa, veio a oitava proclamação da soberania de Michael, enquanto, do Paraíso, veio o pronunciamento conjunto do Pai Universal e do Filho Eterno, que constituía essa união de Deus e de homem, como o governante único do universo, e ordenando ao União dos Dias permanente de Sálvington que desse indicações sobre a sua intenção de retirar-se para o Paraíso. Os Fiéis dos Dias, da sede-central da constelação, foram também instruídos para retirar-se dos conselhos dos Altíssimos. Michael, porém, não consentiria na retirada dos Filhos Trinitários do conselho e da cooperação com ele. Reuniu-os em Sálvington e pessoalmente solicitou-lhes que permanecessem, para sempre, a serviço em Nébadon. Eles manifestaram-se sobre o seu desejo de atender a esse pedido aos seus diretores no Paraíso; e, pouco depois disso, foram emitidos os mandados das suas separações do Paraíso, o que ligava, para sempre, esses Filhos do universo central à corte de Michael de Nébadon.

(1318.1) 119:8.2 Foi necessário um período de quase um bilhão de anos, do tempo de Urântia, para completar a carreira de auto-outorgas de Michael e para efetivar o estabelecimento final da sua autoridade suprema no universo da sua própria criação. Michael nasceu um criador, foi educado como um administrador e aperfeiçoado como um executivo; no entanto, foi-lhe pedido que conquistasse a sua própria soberania, por meio da experiência. E assim, o vosso pequeno mundo tornou-se conhecido, em todo o Nébadon, como a arena onde Michael completou a experiência, que é requerida de todo Filho Criador do Paraíso, antes de ser-lhe dado o controle ilimitado e a direção do universo que ele próprio edificara. À medida que ascenderdes no universo local, ireis conhecer mais sobre os ideais das personalidades envolvidas nas auto-outorgas anteriores de Michael.

(1318.2) 119:8.3 Ao completar as suas outorgas como criatura, Michael estava, não apenas estabelecendo a sua própria soberania, como estava, também, implementando a soberania, em evolução, de Deus, o Supremo. No decurso dessas outorgas, o Filho Criador, não apenas se engajou em uma exploração descendente das várias naturezas das personalidades das criaturas, mas também realizou a revelação das vontades, variadamente diversificadas, das Deidades do Paraíso, cuja unidade sintética, como revelada pelos Criadores Supremos, é reveladora da vontade do Ser Supremo.

(1318.3) 119:8.4 Esses vários aspectos da vontade das Deidades são personalizados, eternamente, nas diferentes naturezas dos Sete Espíritos Mestres; e cada uma das auto-outorgas de Michael foi, peculiarmente, reveladora de uma dessas manifestações da divindade. Na sua outorga Melquisedeque, ele manifestou o desejo unificado do Pai, do Filho e do Espírito; na sua outorga Lanonandeque, o desejo do Pai e do Filho; na sua outorga Adâmica, ele revelou a vontade do Pai e do Espírito; na sua outorga seráfica, a vontade do Filho e do Espírito; na sua outorga como mortal em Uversa, ele retratou a vontade do Agente Conjunto; na sua outorga moroncial mortal, a vontade do Filho Eterno; e na sua outorga material, em Urântia, ele viveu a vontade do Pai Universal, como um mortal, mesmo, em carne e sangue.

(1318.4) 119:8.5 A consumação completa dessas sete auto-outorgas resultou na liberação da soberania suprema de Michael e também na criação da possibilidade da soberania do Supremo, em Nébadon. Em nenhuma das suas outorgas Michael revelou Deus, o Supremo; contudo, o conjunto e a soma total de todas as sete outorgas é uma nova revelação do Ser Supremo para Nébadon.

(1318.5) 119:8.6 Com a experiência descendente, de descer de Deus até o homem, Michael esteve concomitantemente experimentando a ascensão, da parcialidade da manifestabilidade, até a supremacia da ação finita e da finalidade, da liberação do seu potencial até a função absonita. Michael, um Filho Criador, é um criador no espaço e no tempo, mas Michael, um Filho Mestre sétuplo, é um membro de um dos corpos divinos que constituem a Ultimidade da Trindade.

(1318.6) 119:8.7 Ao passar pela experiência de revelar as vontades dos Sete Espíritos Mestres, saídos da Trindade, o Filho Criador passou pela experiência de revelar a vontade do Supremo. Ao funcionar como revelador da vontade da Supremacia, Michael, junto com todos os outros Filhos Mestres, identificou-se eternamente com o Supremo. Na idade presente do universo, ele revela o Supremo e participa da factualização da soberania da Supremacia. No entanto, na próxima idade do universo, acreditamos, ele vai estar colaborando, com o Ser Supremo, na primeira Trindade experiencial, para universos do espaço exterior, e naqueles universos.

(1319.1) 119:8.8 Urântia é o templo sentimental de todo o Nébadon, o mais importante entre os dez milhões de mundos habitados, o lar mortal de Cristo Michael, o soberano de todo o Nébadon, o ministro Melquisedeque dos reinos, o salvador de um sistema, o redentor Adâmico, o companheiro seráfico, o companheiro dos espíritos ascendentes, o progressor moroncial, o Filho do Homem, à semelhança da carne mortal, e o Príncipe Planetário de Urântia. Os vossos registros dizem a verdade quando fazem constar que esse mesmo Jesus prometeu, em algum tempo, voltar ao mundo da sua outorga terminal, o Mundo da Cruz.

(1319.2) 119:8.9 Este documento, que descreve as sete outorgas de Cristo Michael, é o sexagésimo terceiro de uma série de apresentações, promovidas por inúmeras personalidades, narrando a história de Urântia, até o tempo do aparecimento de Michael na Terra, à semelhança da carne mortal. A existência destes documentos foi autorizada por uma comissão de Nébadon, de doze membros ativos, sob a direção de Mantútia Melquisedeque. Nós ditamos estas narrativas e as colocamos na língua inglesa, por uma técnica autorizada pelos nossos superiores, no ano 1935 d.C. do tempo de Urântia.

Nenhum comentário:

JcShow

O que é ser Voluntário!

Acordemos

É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros, aconselhar o caminho reto a quem passa, receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco... Mas enquanto nos distraimos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição. Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva... Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!... Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito André Luiz. Araras, SP: IDE. 1978.