terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ser um voluntário - Miguel Ruivaco Filho (vídeo: O Ser Humano)


Ser um voluntário, não é tão somente dedicar-se por um tempo dentro de seus afazeres diários ou semanais, para justificar a si mesmo ou para pessoas que lhe conhecem, ou sejam de seu convívio que você faz a beneficência.

Ser um voluntário é muito mais do que isso, não importa o tempo que você dispõe, mas a qualidade de que você emprega em prol dos necessitados.

Engana-se quem tem em mente que está “doando” uma parte preciosa de seu tempo em prol da caridade, o ato com a prática do voluntariado é que nos oferece a oportunidade de aprendizados e tornarmos pessoas melhores.

O verdadeiro voluntário, não é aquela que se propõe a ajudar, mas, é aquele que o faz com amor, e vê no outro não um necessitado, mas, um amigo que o aguarda para lhe dar a oportunidade de crescimento pessoal e espiritual.

Tomem por exemplo Jesus. Quando ele inicia sua peregrinação pelas cidades onde passava, levando o nome e os desígnios de Deus, precisou de “voluntários” designados por Ele como apóstolos. Poderemos a princípio achar que estes apóstolos estariam doando seu tempo em prol de uma grande tarefa que seria levar o Santo nome de Deus ao povo, entretanto, não eram eles quem estariam beneficiando a Jesus nesta tarefa, mas a si próprios, que conseguiram sair da mesmice da vida e galgar grande importância aos olhos de Jesus e de Seu Pai Eterno. Transformaram-se nos homens de maior importância neste projeto, pois Deus, por dar-nos Jesus seu Filho unigênito para ser condenado e crucificado por nossos pecados, foram os Apóstolos que se responsabilizaram em levar a palavra de Deus à todos os cantos do mundo.

Ser voluntário, é saber aprender com as oportunidades que nos aparecem, enviadas por Deus, e mostrar se somos ou não merecedores de sua Graça. É fazer como o Cristo que em uma de suas parábolas diz: “Que sua mão esquerda não saiba o que faz a direita”.

Quer dizer, que não devemos praticar o voluntariado somente para mostrar à todos, como se quizéssemos dizer: “Olha, eu estou fazendo a caridade”, mas, deveríamos estar sim buscando nos unir para apresentar à Deus o que podemos fazer de diferente em prol não dos menos favorecidos, mas, de nossos irmãos .

Digo aos que se propõe ao voluntariado, que busquem interagir e conhecer os outros voluntários de sua área ou não, pois, assim poderemos oferecer um atendimento apropriado, podendo ser multidisciplinar em alguns casos. Com certeza, iremos aprender muito com isso, conheceremos e teremos contatos com outros profissionais de áreas distintas, e adquirimos através disso experiência em diversos campos de atuação. Não só focar, mas, olhar um todo.

Agradeço por dedicar-se a ler esta matéria.

Miguel Ruivaco Filho
Psicanalista Clínico
NRPC/SP- 3014

Nenhum comentário:

JcShow

O que é ser Voluntário!

Acordemos

É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros, aconselhar o caminho reto a quem passa, receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco... Mas enquanto nos distraimos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição. Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva... Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!... Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito André Luiz. Araras, SP: IDE. 1978.