
Ser um voluntário, não é tão somente dedicar-se por um tempo dentro de seus afazeres diários ou semanais, para justificar a si mesmo ou para pessoas que lhe conhecem, ou sejam de seu convívio que você faz a beneficência.
Ser um voluntário é muito mais do que isso, não importa o tempo que você dispõe, mas a qualidade de que você emprega em prol dos necessitados.
Engana-se quem tem em mente que está “doando” uma parte preciosa de seu tempo em prol da caridade, o ato com a prática do voluntariado é que nos oferece a oportunidade de aprendizados e tornarmos pessoas melhores.
O verdadeiro voluntário, não é aquela que se propõe a ajudar, mas, é aquele que o faz com amor, e vê no outro não um necessitado, mas, um amigo que o aguarda para lhe dar a oportunidade de crescimento pessoal e espiritual.
Tomem por exemplo Jesus. Quando ele inicia sua peregrinação pelas cidades onde passava, levando o nome e os desígnios de Deus, precisou de “voluntários” designados por Ele como apóstolos. Poderemos a princípio achar que estes apóstolos estariam doando seu tempo em prol de uma grande tarefa que seria levar o Santo nome de Deus ao povo, entretanto, não eram eles quem estariam beneficiando a Jesus nesta tarefa, mas a si próprios, que conseguiram sair da mesmice da vida e galgar grande importância aos olhos de Jesus e de Seu Pai Eterno. Transformaram-se nos homens de maior importância neste projeto, pois Deus, por dar-nos Jesus seu Filho unigênito para ser condenado e crucificado por nossos pecados, foram os Apóstolos que se responsabilizaram em levar a palavra de Deus à todos os cantos do mundo.
Ser voluntário, é saber aprender com as oportunidades que nos aparecem, enviadas por Deus, e mostrar se somos ou não merecedores de sua Graça. É fazer como o Cristo que em uma de suas parábolas diz: “Que sua mão esquerda não saiba o que faz a direita”.
Quer dizer, que não devemos praticar o voluntariado somente para mostrar à todos, como se quizéssemos dizer: “Olha, eu estou fazendo a caridade”, mas, deveríamos estar sim buscando nos unir para apresentar à Deus o que podemos fazer de diferente em prol não dos menos favorecidos, mas, de nossos irmãos .
Digo aos que se propõe ao voluntariado, que busquem interagir e conhecer os outros voluntários de sua área ou não, pois, assim poderemos oferecer um atendimento apropriado, podendo ser multidisciplinar em alguns casos. Com certeza, iremos aprender muito com isso, conheceremos e teremos contatos com outros profissionais de áreas distintas, e adquirimos através disso experiência em diversos campos de atuação. Não só focar, mas, olhar um todo.
Agradeço por dedicar-se a ler esta matéria.
Miguel Ruivaco Filho
Psicanalista Clínico
NRPC/SP- 3014

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