terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Você sabe amar?


Eu  estou aprendendo. Estou aprendendo a aceitar as pessoas, mesmo quando elas me desapontam. Quando fogem do ideal que tenho para elas, quando me ferem com palavras ásperas ou ações impensadas.

É difícil aceitar as pessoas assim como elas são, não como eu desejo que elas sejam.
É difícil, muito difícil, mas estou aprendendo.

Estou aprendendo a amar. Estou aprendendo a escutar, escutar com os olhos e ouvidos, escutar com a alma e com todos os sentidos...

Escutar o que diz o coração, o que dizem os ombros caídos, os olhos, as mãos irrequietas. Escutar a mensagem que se esconde por entre as palavras corriqueiras, superficiais;
Descobrir a angústia disfarçada, a insegurança mascarada, a solidão encoberta.
Penetrar o sorriso fingido, a alegria simulada, a vanglória exagerada.
Descobrir a dor de cada coração.

Aos poucos, estou aprendendo a amar. Estou aprendendo a perdoar. Pois o amor perdoa, lança fora as mágoas, e apaga as cicatrizes que a incompreensão e a insensibilidade gravaram no coração ferido.

O amor não alimenta mágoas com pensamentos dolorosos. Não cultiva ofensas com lástimas e autocomiseração. O amor perdoa, esquece, extingue todos os traços de dor no coração.
Passo a passo, estou aprendendo a perdoar, a amar .
Estou aprendendo a descobrir o valor que se encontra dentro de cada vida, de todas as vidas.

Valor soterrado pela rejeição, pela falta de compreensão, carinho e aceitação, pelas experiências duras vividas ao longo dos anos.
Estou aprendendo a ver nas pessoas a sua alma e as possibilidades que Deus lhes deu.
Estou aprendendo... Mas como é lenta a aprendizagem!

Como, é difícil amar, amar como Cristo amou!
Todavia, tropeçando, errando, estou aprendendo...

Aprendendo a pôr de lado as minhas próprias dores, meus interesses, minha ambição,
meu orgulho, quando estes impedem o bem-estar e a felicidade de alguém!

O tesouro mais precioso

Uma mulher velha e sábia fazia uma viagem através das montanhas quando, no leito de um rio, encontrou uma pedra preciosíssima.

No dia seguinte, continuando o seu caminho, deparou-se com um viajante que tinha fome. Para atender ao seu pedido de ajuda, a mulher abriu a bolsa para dividir com ele a comida.

O homem deslumbrou-se com a visão da pedra e pediu à mulher que lha desse de presente, o que ela fez sem hesitar.

O viajante se foi, rejubilando-se por sua sorte... Aquela pedra poderia garantir-lhe segurança e bem-estar por toda a sua vida.

Mas, alguns dias depois, ele voltou à procura da mulher... Ao encontrá-la entregou-lhe a pedra dizendo: “Pensei muito e sei bem o valor dessa pedra, mas venho devolvê-la. O que eu quero é algo muito mais precioso... Se for possível, me dê o que está dentro da senhora e que a fez capaz de entregar-me sem hesitação um tesouro como esse.”

Aprender a amar... Aprender a desapegar-se... Isso equivale a aprender a ser inteiro, ser livre. Mas são aprendizados muito difíceis, que requerem fé em Deus, fé na vida, confiança nas pessoas e no futuro. Somente duas coisas podem nos ajudar nessa tarefa: o tempo, que nos amadurece, nos faz mais humildes e alunos de tudo; e a espiritualidade, que nos dá o conhecimento interior e, com ele, a certeza de não nos perdermos nos labirintos do caminho.

Uma boa viagem a todos pelas sen-das do amor e do contínuo aprendizado.

Pe. Luiz Carlos do Nascimento - luizcarlos50@ig.com.br

Nenhum comentário:

JcShow

O que é ser Voluntário!

Acordemos

É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros, aconselhar o caminho reto a quem passa, receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco... Mas enquanto nos distraimos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição. Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva... Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!... Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito André Luiz. Araras, SP: IDE. 1978.