quinta-feira, 9 de junho de 2011

Os Mistérios de Santa Sara

Podemos associar o culto dos ciganos à Santa Sara com o nosso jeito de reverenciar Yemanjá.
Santa Sara é escoltada por cavaleiros, chamados Cavaleiros de São Jorge, até dentro da água do mar. E nós umbandistas fazemos o mesmo com nossa amada Yemanjá, em dezembro. Uma das oferendas que costumo fazer para Mamãe Yemanjá, é um Manjar. Pois bem, encontrei outra coincidência, existe o Manjar para Santa Sara!

Passo para vocês duas receitas, a da FONTE: Os Mistérios de Santa Sara, O retorno da Deusa pelas mãos dos Ciganos Sibyla Rudana = ed. Cristális

O manjar é servido durante a slava de santa Sara, no dia 24 de maio. Mas poderá também fazer esta receita, sempre que desejar atrair a presença de Virgem Sara para sua vida. É uma receita comum de manjar, a maneira de servir e a oferenda pessoal, é que recebem tratamentos diferentes.

Receita do Manjar: leite de coco, açúcar, 1 fava de baunilha, amido de milho e coco ralado. Ameixas secas, claras de ovos e limão.
Misture os ingredientes e leve ao fogo brando para cozinhar, até que se faça um mingau consistente. Depois disso, colocar numa forma de pudim, deixar esfriar e levar à geladeira até endurecer totalmente. Quando desenformar, bater algumas claras em neve, acrescentando açúcar, caldo e raspa de limão branco. Cobrir todo o manjar e levar rapidamente ao forno pré-aquecido para dourar. Serve-se em seguida.
Para Oferenda Pessoal: deve acrescentar as claras em neve, cobrir com pétalas de flores brancas e levar ao mar, acendendo velas à Sta. Virgem Sara, Sta. Maria Salomé e Santa Maria Jacobé. O manjar deve ser recheado dos pedidos de graça de cada pessoa presente.

Agora a minha receita de Manjar de Coco Especial
Ingredientes Do Manjar
1 litro de leite
1 lata de leite condensado
100 g de coco ralado
5 colheres bem generosas de amido de milho
2 vidros de leite de coco (200 ml)
Da Calda
400 de ameixas pretas sem caroço
3 xícaras de açúcar
3 cravos da índia
1 pedaço de canela em pau
1/2 litro de água

Modo de Preparo
Do manjar: Coloque o leite, o leite condensado e o coco ralado em uma panela, misture bem e leve ao fogo até levantar fervura. Acrescente o amido dissolvido em meio copo de água e mexa até engrossar. Junte o leite de coco e deixe ferver por dois minutos mais ou menos. Retire do fogo e despeje em fôrma umedecida. Deixe esfriar.

Da calda: Coloque o açúcar em uma panela, leve ao fogo para caramelar. Junte a água e o restante dos ingredientes e deixe ferver por quinze minutos. Deixe esfriar.
Desenforme o manjar, cubra com a calda, espalhe as ameixas.

Na culinária cigana são indispensáveis: o cravo, a canela, o louro, o manjericão, o gengibre, os frutos do mar, as frutas cítricas e as frutas secas, o vinho, o mel, as maçãs, as pêras, os damascos, as ameixas e as uvas que fazem parte inclusive dos segredos de uma cozinha deveras afrodisíaca.

Pratos Tradicionais

Armiana: Salada de alface (em rodelas) com champignon; queijo de cabra, cenoura, beterraba (em pedaços) e beringela frita (em tiras). Enfeitas com uvas-passas, raminhos de hortelã e pétalas de flores.

Assados: Pernil de carneiro (Bakró); Pernil de leitão (Baló); Cabrito frito com arroz e brócolis (ou lentilha ou nozes); e/ou roletes de carne bovina ou frango com pedaços de cebola, pimentão (verde e amarelo) e tomate.

Brynza: Queijo de cabra (cru ou frito).

Chivuiza: Destilado à base de trigo (espécie de aguardente).

Civiaco: Torta salgada ou doce.

Manouche: feijões vermelhos grandes, pedaços de carne e de ossos de pernil de porco, alhos-porós em pedaços, salsão com as folhas em pedaços, alhos comuns inteiros com casca, cenouras e batatas cortadas em pedaços grandes, sal e pimenta-do-reino (moída na hora) à gosto; arroz branco que deve ser incorporado na última etapa do cozimento.

Goulash: Cozido de arroz, batata, pedaços de carne bovina e páprica ardida.

Malay: Pão de milho.

Manrô/Lolako: Pão redondo de Farinha de Trigo.

Mamalyga: Polenta.

Naut: Grão de Bico com lingüiça.

Paprikach: Costela defumada (bovina ou suína) e bacon ao molho vermelho de tomate e pimentão com batatas pequenas, cozidas (na casca) e páprica doce.

Papuchá: Pirão de Milho.

Sifrite: Ponche de Frutas com Champagne, Vinho e/ou refrigerante. Enfeitar com pétalas de rosa

Sarmá: Arroz com lentilha, carne seca desfiada e nozes.

Sarmy/Salmava: Charutos ou Rolinhos feitos em folhas de repolho recheados com lombo ou carna bovina moída, azeitonas, bacon e molho dourado; e/ou em folha de uva com recheio de bacalhau.

Tchaio/Kavi: Chá Cigano feito com Chá Preto ou Mate com pedaços de frutas (maçã: felicidade; uva fresca: prosperidade; uva passa ou ameixa: progresso; morango: amor; damasco: sensualidade; pêssego: equilíbrio pessoal; limão: energia positiva e purificação da alma). Fazer o chá em água fervente e deixar amornar. Colocar as frutas maceradas, misturar bem, coar e beber.

Varensky: Pastel cozido podendo ser doce (recheado com uva) ou salgado (recheado com batata ou queijo de cabra).

Vino: Vinho tinto.

Chá Cigano
INGREDIENTES:
1 litro de Água
3 cravos-da-Índia
4 saquinhos de Chá Preto
3 pedaços de canela em pau
1 rodela de limão
1 fatia de maçã
1 morango
1 uva
1 damasco
MODO DE FAZER: Ferva a Água, colocando os saquinhos de Chá Preto, o cravo-da-Índia e a canela. Após ferver, apague o fogo e coloque os outros ingredientes. Adoce a gosto e sirva.

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É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros, aconselhar o caminho reto a quem passa, receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco... Mas enquanto nos distraimos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição. Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva... Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!... Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito André Luiz. Araras, SP: IDE. 1978.