segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Ai de Vós, Fariseus

Os Fariseus Procuram Ridicularizar Jesus em Público

Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu semelhante autoridade?

Eu também gostaria de vos fazer outra pergunta. Se me responderdes, eu vos direi com que autoridade faço estes trabalhos. Dizei-me: o batismo de João, de onde vinha? Conseguiu João sua autoridade do céu ou dos homens?

Com respeito ao batismo de João, não podemos responder. Não sabemos...

Pois eu também não vos direi com que autoridade faço o que faço...

Como estais em dúvida sobre a missão de João e contestais os ensinamentos e feitos do Filho do Homem, prestai atenção enquanto vos conto uma parábola.

Certo grande e respeitado latifundiário tinha dois filhos. Desejando que o ajudassem na administração de suas terras, chamou um deles e disse-lhe: “Filho, vai trabalhar hoje na vinha”. E este filho, sem pensar, respondeu ao pai: “Não quero ir”. Mas logo se arrependeu e foi. Quando o pai encontrou o segundo filho, disse-lhe: “Filho, vai trabalhar na vinha”. E este filho, hipócrita e desleal, disse-lhe: “Sim, pai, já vou”. Mas quando seu pai se afastou, ele não foi para a vinha. Deixai-me perguntar: qual destes filhos fez realmente a vontade do pai?

O primeiro filho.

Pois assim eu declaro que os taberneiros e prostitutas, ainda que pareçam recusar o apelo do arrependimento, enxergarão o erro do seu caminho e entrarão no Reino de Deus antes de vós, que tendes grandes pretensões de servir ao Pai do Céu, mas rechaçais os trabalhos do Pai. Não fostes vós, escribas e fariseus, que crestes em João, mas sim os taberneiros e as prostitutas. Tampouco credes em meus ensinamentos, mas as pessoas simples ouvem minha palavra com satisfação.

Vós sabeis como vossos irmãos repeliram os profetas e sabeis bem que estais decididos a repelir o Filho do Homem. Nunca lestes na Escritura sobre a pedra que os construtores desprezaram e que, quando as pessoas a descobriram, fizeram dela a pedra angular? Uma vez mais vos advirto. Se continuardes refutando o Evangelho, o Reino de Deus será levado para longe de vós e entregue a outros, desejosos de receber boas-novas e levar adiante os frutos do espírito. Eu vos digo que existe um mistério sobre essa pedra: quem cair sobre ela, ainda que seja feito em pedaços, salvar-se-á. Mas aquele sobre quem a pedra chamada angular será moído até tornar-se pó. E suas cinzas serão dispensadas aos quatro ventos.

Mas, Mestre, como saberemos estas coisas? Que sinal nos darás para que saibamos que tu és o Filho de Deus?

O Mestre, apontando com o dedo indicador esquerdo para o próprio peito, afirmou:
Destruí este Templo e em três dias reerguê-lo-ei.

Os fariseus recriminam a mulher por ter violado o descanso sabático, e Jesus lhes pergunta:

Dizei-me, de onde vindes?
De Jerusalém.

E como é possível que condeneis uma mulher que caminhou menos de um estádio, enquanto vós caminhaste mais de quinze?

Ai de vós, fariseus! Sois como um cão no estábulo, nem come nem deixa que comam os bois.

Os fariseus provocam: Quem és tu para ensinar-nos onde está a Verdade?

Para que saístes a campo: Para verdes um homem com vestes delicadas? Vossos reis e vossos grandes personagens, vós mesmos, vós vos cobris de vestes de seda e púrpura, mas eu vos digo que não podereis conhecer a Verdade.

Vinte e quatro profetas falaram em Israel e nós seguimos a seu exemplo...

Vóis falais dos que estão mortos e rechaçais aquele que está entre vós...

Diz-nos quem és para que creiamos em ti.

Vós examinais a superfície do céu e da terra e não reconheceis aquele que está
entre vós...

Vós não sabeis examinar este tempo.

Ai de vós, fariseus! Lavais o exterior da taça sem compreender que quem fez o exterior fez também o interior...

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O que é ser Voluntário!

Acordemos

É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros, aconselhar o caminho reto a quem passa, receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco... Mas enquanto nos distraimos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição. Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva... Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!... Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito André Luiz. Araras, SP: IDE. 1978.