segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Ela Fez o que lhe Saía do Coração

A Hora que se Aproxima

Na casa de José de Arimatéia, conversa com um grupo de estrangeiros de Alexandria, Roma e Atenas:

... Sei que minha hora se aproxima e estou aflito. Percebo que minha gente está decidida a desdenhar o reino, mas fico contente em receber estes estrangeiros que buscam a verdade, que vêm perguntando pelo caminho da Luz. Todavia, meu coração dói por minha gente, e minha alma se angustia pelo que está diante dos meus olhos...

Que posso dizer, quando olho para a frente e vejo o que me vai ocorrer?
Devo dizer: salvai-me dessa hora horrível? Não! Foi para este propósito que vim ao mundo, e esta é a hora. Será melhor dizer e pedir que vos unais a mim:
Pai, glorifica teu nome. Tua vontade será cumprida.

Maria Madalena unge Jesus. Ele responde às críticas dos discípulos:

Deixai-a em paz, todos vós!... Por que molestais por isto, se ela fez o que lhe saía do coração? A vós que murmurais e dizeis que este ungüento deveria ter sido vendido em benefício dos pobres, deixai que eu vos diga eu sempre tereis os pobres convosco para que possais atendê-los a qualquer momento em que vos pareça necessário... Mas eu nem sempre estarei convosco. Cedo estarei com meu Pai!

Fixando os olhos em Judas Iscariotes:

Esta mulher guardou por muito tempo este ungüento para meu corpo, para quando ele fosse sepultado. E agora que lhe pareceu certo fazer a unção, como antecipação de minha morte, não se lhe deve negar tal satisfação. Ao fazer isso, Maria vos reprovou a todos, pois evidenciou fé no que eu disse sobre minha morte e ascensão para o meu Pai do céu. Esta mulher não deve ser condenada pelo que fez esta noite. A todos vós eu digo que nos tempos vindouros, onde quer que se pregue este Evangelho, por todo o mundo, o que ela fez será dito em sua memória.

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Acordemos

É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros, aconselhar o caminho reto a quem passa, receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco... Mas enquanto nos distraimos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição. Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva... Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!... Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito André Luiz. Araras, SP: IDE. 1978.