Na casa de José de Arimatéia, conversa com um grupo de estrangeiros de Alexandria, Roma e Atenas:
... Sei que minha hora se aproxima e estou aflito. Percebo que minha gente está decidida a desdenhar o reino, mas fico contente em receber estes estrangeiros que buscam a verdade, que vêm perguntando pelo caminho da Luz. Todavia, meu coração dói por minha gente, e minha alma se angustia pelo que está diante dos meus olhos...
Que posso dizer, quando olho para a frente e vejo o que me vai ocorrer?
Devo dizer: salvai-me dessa hora horrível? Não! Foi para este propósito que vim ao mundo, e esta é a hora. Será melhor dizer e pedir que vos unais a mim:
Pai, glorifica teu nome. Tua vontade será cumprida.

Maria Madalena unge Jesus. Ele responde às críticas dos discípulos:
Deixai-a em paz, todos vós!... Por que molestais por isto, se ela fez o que lhe saía do coração? A vós que murmurais e dizeis que este ungüento deveria ter sido vendido em benefício dos pobres, deixai que eu vos diga eu sempre tereis os pobres convosco para que possais atendê-los a qualquer momento em que vos pareça necessário... Mas eu nem sempre estarei convosco. Cedo estarei com meu Pai!
Fixando os olhos em Judas Iscariotes:
Esta mulher guardou por muito tempo este ungüento para meu corpo, para quando ele fosse sepultado. E agora que lhe pareceu certo fazer a unção, como antecipação de minha morte, não se lhe deve negar tal satisfação. Ao fazer isso, Maria vos reprovou a todos, pois evidenciou fé no que eu disse sobre minha morte e ascensão para o meu Pai do céu. Esta mulher não deve ser condenada pelo que fez esta noite. A todos vós eu digo que nos tempos vindouros, onde quer que se pregue este Evangelho, por todo o mundo, o que ela fez será dito em sua memória.
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