segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sobre a Construção do Reino e a Segunda Vinda


Pedro indaga: Mas, Mestre, todos sabemos que estas coisas se passarão quando os novos céus e a nova terra aparecerem. Como saberemos, então, que tu virás para trazer tudo isso?

Pedro, sempre erras porque sempre tentas relacionar o novo ensinamento com o velho. Estás decidido a interpretar mal o ensinamento. Insistis, vós todos, em interpretar o Evangelho de acordo com as vossas crenças estabelecidas. No entanto, procurarei explicar.

Por que continuais aguardando que o Filho do Homem se sente no trono de Davi e esperais que se cumpram os sonhos materiais dos judeus? As coisas que agora apreciais vão acabar, e haverá novo começo a partir do qual o Evangelho do Reino chegará a todo mundo. Quando o Reino chegar a ser plenamente construído, podeis estar seguros de que o Pai do Céu não deixará de vos visitar.

E, assim, meu Pai continuará manifestando sua misericórdia e mostrando seu amor, até mesmo a esse mundo escuro e malvado. E, assim, depois que meu Pai me tenha investido de todo o poder e autoridade, eu também acompanharei vossos destinos e vos guiarei nos assuntos do Reino com a presença de meu espírito, que prontamente será vertido sobre toda a carne. Estarei, portanto, presente entre vós em espírito, e prometo que um dia voltarei a este mundo, no qual vivi esta vida carnal e tive a experiência de simultaneamente revelar Deus ao homem e levar o homem a Deus. Muito cedo hei de vos deixar para realizar a obra que o Pai me confiou, mas tende coragem: eu voltarei algum dia. No entanto, meu espírito da Verdade vos confortará e guiará. Agora me vedes na debilidade e na carne. Mas quando eu voltar será com poder e espírito. O olho da carne vê o Filho do Homem em carne, mas só o olho do espírito contemplará o Filho do Homem glorificado pelo Pai e surgindo na terra com seu próprio nome.

Mas os tempos da reaparição do Filho do Homem apenas são conhecidos pelos “conselhos do Paraíso”. Nem sequer os anjos sabem quando isso ocorrerá. Mas deveis compreender que, quando este Evangelho do Reino tiver sido proclamado em todo o mundo, para salvação dos homens, e quando a plenitude da época houver chegado, o Pai vos enviará outra outorga de designação divina(um interventor), ou o Filho do Homem voltará para encerrar a época.

E agora, em relação à dor de Jerusalém, em verdade vos digo que nem esta geração passará sem que se cumpram minhas palavras. Quanto à nova vinda do Filho do Homem, ninguém na terra nem no céu pode pretender falar. Deveis ser sábios de acordo com a maturidade de uma época. Deveis estar alerta para discernir os sinais dos tempos. Sabeis que, quando a figueira mostra seus tenros ramos e suas folhas crescem, o verão está próximo. De igual forma, quando o mundo houver superado o longo inverno da mentalidade material e assistirdes à vinda da primavera espiritual, então sabereis que é chegado o verão para minha nova visita.

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É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros, aconselhar o caminho reto a quem passa, receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco... Mas enquanto nos distraimos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição. Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva... Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!... Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito André Luiz. Araras, SP: IDE. 1978.