
Senhor, insistiu (Eliseu), responde-nos. O que perdeste nestas montanhas?
Por que dizes que vieste para recuperar o que é teu?
O Filho do Homem, consciente do que se dispunha a revelar, meditou sobre as palavras. Pegou um dos ramos e brincou com o pacífico fogo. Depois grave, num tom que não admitia dúvida alguma, assim se expressou:
Filho meu, o que vou te comunicar não é de fácil compreensão para a limitada e
incompetente natureza humana. Vós sois os menores do meu Reino e entendo que tua mente resista. Mas, em breve, quando chegar a minha hora, compreenderás... Então, só então estareis em condições de entender. Agora, neste momento, escutai e confiai...
De acordo com a vontade do meu Pai, chegou o momento de restabelecer em mim mesmo a autêntica identidade do Filho do Homem. Minha verdadeira memória, voluntariamente eclipsada durante esta encarnação, voltou a mim... E com ela, meu “outro espírito”.
E durante um longo tempo prendeu-se a detalhes, explicando o porquê de sua
presença neste mundo. Essa era – segundo disse -, a vontade de seu querido Ab-bã, seu Pai Celestial. Ele, como Filho de Deus, deveria viver, conhecer e experimentar de perto a existência terrena de suas próprias criaturas. Isso era o estabelecido. Esse requisito era vital e imprescindível para alcançar a absoluta e difinitiva
soberania como Criador de seu Universo... Esse, em resumo, era o preço para conseguir a definitiva entronização como Rei de sua própria criação.
Percebendo nossa perplexidade arrematou:
Não vos atormenteis. Estais no princípio de uma longa travessia em direção ao Pai. Por ora deve bastar-vos minha palavra.
Eliseu: Então, se bem entendi, tu és um Deus...”camuflado”. Um Deus escondido?... Sim, por enquanto...E vos direi mais. Embora tampouco seja fácil de assimilar, de acordo com os desígnios de Ab-bã, outro dos objetivos desta experiência humana consiste em “viver” a fé e a confiança que eu mesmo, como Criador, solicito de meus filhos com respeito a esse magnífico Pai. Viver a fé e a confiança... Mas, não entendo... Por acaso não tens fé?
Meu querido anjo... eu sou a fé. Mas ainda assim, convém provar isso...
Eliseu: Uma experiência... Tua encarnação neste planeta obedece a isso, à necessidade de experimentar?
É o plano divino. Só assim posso chegar a ser realmente e intimamente misericordioso.
Eu me atrevi a ir fundo no que já sabia: Se bem entendi, tu Senhor, não estás
aqui para redimir ninguém...
Simplesmente, negou com a cabeça. E afirmou:
Em seu devido momento escutaste isso do próprio Filho glorificado: o Pai não é um juiz. O Pai não contabiliza essas coisas. Por que exigir responsabilidades de criaturas que não têm culpa? Cada um responde por seus próprios erros...
Estais, pois, atentos e cumpri vossa missão: deveis ser fiéis mensageiros de tudo o que digo. Que o mundo, vosso mundo, não se confunda.
Mensagem recebida. Conhecer de perto tuas criaturas. Viver e experimentar na
carne. Mas, Mestre, que podes aprender de nós? O que pode haver de bom em seres tão mesquinhos, brutais, ignorantes, primitivos...?
Deus!
Assim é. Essa é outra das razões, a maior razão por que desci até vós. Revelar Ab-bã. Lembrar a estas e a todas as outras criaturas do meu Reino que o Pai reside, pes-so-al-men-te, em cada espírito.
Outras criaturas? Mas como outras criaturas? Onde?
Querido e impulsivo menino...Acabo de te dizer: está só começo de uma venturosa caminhada em direção ao Pai. Algum dia o verás com teus próprios olhos. A criação é vida. Não reduzas o Pai às curtas fronteiras da tua percepção. E te direi mais: a generosidade de Ab-bã é tão incomensurável que nunca, nunca, chegarás a conhecer seus limites.
Eliseu: Estás dizendo que aí fora tem vida inteligente?
Olha para mim. Consideras-me inteligente?
Eliseu, aturdido, balbuciou um “sim”.
Pois eu, filho meu, venho “aí de fora”, como tu dizes.
Jasão pergunta: Teu reino...Onde está? No que consiste?
Jesus estendeu os braços. Abriu as palmas das mãos e me olhou feliz. Aqui mesmo.
Depois, levantando o rosto até a repleta e provocante “Via Láctea”, acrescentou:
Lá mesmo.
Jasão: O Universo é teu reino?
Não, querido Jasão – ponderou com aquela infinita paciência -, os universos têm seus próprios criadores. O meu é um deles...
Eliseu: Tem graça isso. Tu, Senhor, não és o único Deus...
Repito uma vez mais: a pequena chama de teu entendimento acaba de ser acendida. Não pretendas iluminar com ela a totalidade do que foi criado. Dá-te tempo, querido anjo...
Eliseu: Muitos Deuses!... E tu, és grande ou pequeno?
Nos reinos do meu Pai, querido “ajudante”, não há grandes nem pequenos...O amor não distingue. Não mede.
Jasão: Senhor, tem uma coisa que eu não sei...
Enfim! Enfim alguém reconhece que não sabe!
Jasão: Essas criaturas, aquelas que dizes que também formam teu reino, são como nós? Precisam também ser lembradas por ti de quem é o Pai?
Toda a criação vive para alcançar e conhecer Ab-bã. Essa é a única, a sublime, a
grande meta... Alguns, como vós, estão atentos a este pequeno e perdido mundo. O que aqui está a ponto de acontecer os encherá de orgulho e esperança.
Eliseu: E por que nós? Por que escolheste este remoto planeta?
Isso obedece aos desígnios do Pai... e aos meus, como Criador. No devido momento eu te falarei das desditas deste agitado e confuso mundo. Nada, na criação, é fruto do acaso ou da improvisação...
Eliseu: Então, Senhor, tu andas por teu Reino, por teu Universo, revelando o Pai... Esse é o teu trabalho?
Sim e não... Entrar e fazer parte da vida de minhas criaturas, como eu te disse, é
uma exigência para todo Filho Criador. Antes desta encarnação, por exemplo, fui anjo. E também me submeti voluntariamente à natureza de outros seres a meu serviço. Outros seres que tu, agora, sequer imaginas...
Tu foste um anjo? Mas, como?
Filho meu, podes explicar aos homens deste tempo de onde vens e como o fazes?
Eliseu negou com a cabeça.
Muito bem, deixa que o conhecimento e a revelação cheguem no seu devido tempo. Desfruta da maravilhosa aventura da ascensão ao Pai. Nada ficará oculto... mas tem fé. Aguarda confiante. Dizei-me, acreditais no que digo?
Jasão e Eliseu: Com absoluta certeza, Senhor...
Então, deixai-me fazer. Meu Pai “sabe”. Não esqueçais disso...
Eliseu: Agora eu entendo, agora eu entendo. Apontou as neves do Hermon, a essa altura já sem contornos, e proclamou triunfante: Chegou a tua hora. O Criador recuperou o que é seu. Agora sabe quem é. Aqui e agora se fez o milagre. Jesus de Nazaré, o homem, está consciente, enfim, de sua verdadeira natureza divina...
Filho meu, és afortunado. É meu Pai quem fala por ti.
2 comentários:
Por favor venha ler no meu blog a palavra que Jesus nos concedeu. E se Jesus tocar no teu coração também, me ajude a divulgar esta poderosa revelação. Antes que comece o dilúvio de fogo.
Martins, antes de começar o "dilúvio" de fogo...
torne-se um seguidor deste blog.
Abraços,
JC
Postar um comentário