segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Eliseu e Jasão Conversam com Jesus


Senhor, insistiu (Eliseu), responde-nos. O que perdeste nestas montanhas?
Por que dizes que vieste para recuperar o que é teu?

O Filho do Homem, consciente do que se dispunha a revelar, meditou sobre as palavras. Pegou um dos ramos e brincou com o pacífico fogo. Depois grave, num tom que não admitia dúvida alguma, assim se expressou:

Filho meu, o que vou te comunicar não é de fácil compreensão para a limitada e
incompetente natureza humana. Vós sois os menores do meu Reino e entendo que tua mente resista. Mas, em breve, quando chegar a minha hora, compreenderás... Então, só então estareis em condições de entender. Agora, neste momento, escutai e confiai...

De acordo com a vontade do meu Pai, chegou o momento de restabelecer em mim mesmo a autêntica identidade do Filho do Homem. Minha verdadeira memória, voluntariamente eclipsada durante esta encarnação, voltou a mim... E com ela, meu “outro espírito”.

E durante um longo tempo prendeu-se a detalhes, explicando o porquê de sua
presença neste mundo. Essa era – segundo disse -, a vontade de seu querido Ab-bã, seu Pai Celestial. Ele, como Filho de Deus, deveria viver, conhecer e experimentar de perto a existência terrena de suas próprias criaturas. Isso era o estabelecido. Esse requisito era vital e imprescindível para alcançar a absoluta e difinitiva
soberania como Criador de seu Universo... Esse, em resumo, era o preço para conseguir a definitiva entronização como Rei de sua própria criação.

Percebendo nossa perplexidade arrematou:
Não vos atormenteis. Estais no princípio de uma longa travessia em direção ao Pai. Por ora deve bastar-vos minha palavra.

Eliseu: Então, se bem entendi, tu és um Deus...”camuflado”. Um Deus escondido?... Sim, por enquanto...E vos direi mais. Embora tampouco seja fácil de assimilar, de acordo com os desígnios de Ab-bã, outro dos objetivos desta experiência humana consiste em “viver” a fé e a confiança que eu mesmo, como Criador, solicito de meus filhos com respeito a esse magnífico Pai. Viver a fé e a confiança... Mas, não entendo... Por acaso não tens fé?

Meu querido anjo... eu sou a fé. Mas ainda assim, convém provar isso...

Eliseu: Uma experiência... Tua encarnação neste planeta obedece a isso, à necessidade de experimentar?

É o plano divino. Só assim posso chegar a ser realmente e intimamente misericordioso.

Eu me atrevi a ir fundo no que já sabia: Se bem entendi, tu Senhor, não estás
aqui para redimir ninguém...

Simplesmente, negou com a cabeça. E afirmou:
Em seu devido momento escutaste isso do próprio Filho glorificado: o Pai não é um juiz. O Pai não contabiliza essas coisas. Por que exigir responsabilidades de criaturas que não têm culpa? Cada um responde por seus próprios erros...
Estais, pois, atentos e cumpri vossa missão: deveis ser fiéis mensageiros de tudo o que digo. Que o mundo, vosso mundo, não se confunda.

Mensagem recebida. Conhecer de perto tuas criaturas. Viver e experimentar na
carne. Mas, Mestre, que podes aprender de nós? O que pode haver de bom em seres tão mesquinhos, brutais, ignorantes, primitivos...?

Deus!
Assim é. Essa é outra das razões, a maior razão por que desci até vós. Revelar Ab-bã. Lembrar a estas e a todas as outras criaturas do meu Reino que o Pai reside, pes-so-al-men-te, em cada espírito.

Outras criaturas? Mas como outras criaturas? Onde?
Querido e impulsivo menino...Acabo de te dizer: está só começo de uma venturosa caminhada em direção ao Pai. Algum dia o verás com teus próprios olhos. A criação é vida. Não reduzas o Pai às curtas fronteiras da tua percepção. E te direi mais: a generosidade de Ab-bã é tão incomensurável que nunca, nunca, chegarás a conhecer seus limites.

Eliseu: Estás dizendo que aí fora tem vida inteligente?
Olha para mim. Consideras-me inteligente?
Eliseu, aturdido, balbuciou um “sim”.
Pois eu, filho meu, venho “aí de fora”, como tu dizes.
Jasão pergunta: Teu reino...Onde está? No que consiste?
Jesus estendeu os braços. Abriu as palmas das mãos e me olhou feliz. Aqui mesmo.

Depois, levantando o rosto até a repleta e provocante “Via Láctea”, acrescentou:
Lá mesmo.

Jasão: O Universo é teu reino?
Não, querido Jasão – ponderou com aquela infinita paciência -, os universos têm seus próprios criadores. O meu é um deles...
Eliseu: Tem graça isso. Tu, Senhor, não és o único Deus...
Repito uma vez mais: a pequena chama de teu entendimento acaba de ser acendida. Não pretendas iluminar com ela a totalidade do que foi criado. Dá-te tempo, querido anjo...
Eliseu: Muitos Deuses!... E tu, és grande ou pequeno?
Nos reinos do meu Pai, querido “ajudante”, não há grandes nem pequenos...O amor não distingue. Não mede.
Jasão: Senhor, tem uma coisa que eu não sei...
Enfim! Enfim alguém reconhece que não sabe!
Jasão: Essas criaturas, aquelas que dizes que também formam teu reino, são como nós? Precisam também ser lembradas por ti de quem é o Pai?

Toda a criação vive para alcançar e conhecer Ab-bã. Essa é a única, a sublime, a
grande meta... Alguns, como vós, estão atentos a este pequeno e perdido mundo. O que aqui está a ponto de acontecer os encherá de orgulho e esperança.
Eliseu: E por que nós? Por que escolheste este remoto planeta?
Isso obedece aos desígnios do Pai... e aos meus, como Criador. No devido momento eu te falarei das desditas deste agitado e confuso mundo. Nada, na criação, é fruto do acaso ou da improvisação...
Eliseu: Então, Senhor, tu andas por teu Reino, por teu Universo, revelando o Pai... Esse é o teu trabalho?
Sim e não... Entrar e fazer parte da vida de minhas criaturas, como eu te disse, é
uma exigência para todo Filho Criador. Antes desta encarnação, por exemplo, fui anjo. E também me submeti voluntariamente à natureza de outros seres a meu serviço. Outros seres que tu, agora, sequer imaginas...
Tu foste um anjo? Mas, como?
Filho meu, podes explicar aos homens deste tempo de onde vens e como o fazes?
Eliseu negou com a cabeça.
Muito bem, deixa que o conhecimento e a revelação cheguem no seu devido tempo. Desfruta da maravilhosa aventura da ascensão ao Pai. Nada ficará oculto... mas tem fé. Aguarda confiante. Dizei-me, acreditais no que digo?
Jasão e Eliseu: Com absoluta certeza, Senhor...
Então, deixai-me fazer. Meu Pai “sabe”. Não esqueçais disso...
Eliseu: Agora eu entendo, agora eu entendo. Apontou as neves do Hermon, a essa altura já sem contornos, e proclamou triunfante: Chegou a tua hora. O Criador recuperou o que é seu. Agora sabe quem é. Aqui e agora se fez o milagre. Jesus de Nazaré, o homem, está consciente, enfim, de sua verdadeira natureza divina...
Filho meu, és afortunado. É meu Pai quem fala por ti.

2 comentários:

JOÃO JOAQUIM MARTINS disse...

Por favor venha ler no meu blog a palavra que Jesus nos concedeu. E se Jesus tocar no teu coração também, me ajude a divulgar esta poderosa revelação. Antes que comece o dilúvio de fogo.

D´Alm disse...

Martins, antes de começar o "dilúvio" de fogo...

torne-se um seguidor deste blog.

Abraços,

JC

JcShow

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Acordemos

É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros, aconselhar o caminho reto a quem passa, receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco... Mas enquanto nos distraimos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição. Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva... Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!... Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito André Luiz. Araras, SP: IDE. 1978.