segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sobre A Morte


O céu, tal e como vós o interpretais, tem pouco a ver com o “outro lado”.

Assusta-te dormir? É a mesma coisa. Morrer é dormir. Depois... a vida! Essa é outra das razões da minha presença entre os seres humanos. Quando chegar o momento... já sabeis a que me refiro, verão com seus próprios olhos. O Filho do Homem será visto ressuscitado dentre os mortos. E o verão de uma forma idêntica à que todos vós desfrutareis depois do sono da morte. Minha ressurreição colocará às claras a glória do Pai, mas também terá uma segunda e não menos importante justificativa: a esperança. Eu te disse: sois imortais. Sereis resuscitados. Pelos meus anjos.

Quanto mais acima estiverdes no caminho em direção ao Chefe, mais gostareis do bom humor. Quanto mais importante e sério um assunto, mais precisa de humor... O senso de humor, não se esqueçais, não foi inventado pelo homem. É coisa dos céus.

Lembrai? “Na casa do meu Pai existem muitas moradas...” Pois bem. No meu Reino há algumas estâncias... digamos que “especiais”, nas quais voltais à vida.

A verdadeira vida. Depois da morte, depois desse sono fugaz, aparecereis em um mundo diferente... Igual a este... mas diferente. Conseguis imaginar corpos, matéria, que são e não são matéria?

Estais capacitados para compreender uma besar (carne) que além do mais é or (luz)? Carne e luz ao mesmo tempo?

A isso eu me refiro, quando vos digo que esse esplêndido mundo é igual, mas diferente. Compreendeis agora por que vos peço com tanta insistência que VIVAIS a vida? Entendeis por que eu disse que estou aqui para experimentar a existência humana? VIVEI intensa e generosamente. Saboreai a vida. Desfrutai cada instante.

Sabei que esta oportunidade, como dizes, é única. Nunca voltareis a este estado. Amai a vida. Respeitai-a. Compartilhai-a. Usai-a com inteligência e moderação. Eu vos disse: é um presente do Pai. Acordai para a verdadeira, a definitiva vida. Aí começais. Aí disparais em direção ao Pai. Quando estiverdes acordados nesse mundo, tudo, praticamente, será idêntico ao que acabais de deixar aqui.

Eu vos repito: é um simples despertar. Mas os defeitos e vícios da natureza humana continuarão pesando... em parte. E os meus se ocuparão então de “limpá-los”. Não vos preocupeis: a “cura” é rápida e indolor. Compreendei: nessa outra realidade não cabe a densa e incompetente herança que arrastais. Sereis preparados para um longo, muito longo caminho em direção ao Chefe.

Um caminho cada vez mais esplêndido. Um caminho no qual, pouco a pouco, a luz irá dominando a matéria. E chegará o dia em que sereis isso: luz.

Come-se do “outro lado”?
Come-se e bebe-se...mas não como tu acreditas. Sereis como anjos... Eu te dizia eu nessa nova realidade não se precisa de sexo, tal como o entendeis na Terra. Ali não existem essas inclinações. Entre outras razões, porque a carne, o corpo material, não passa paea o “outro lado”. Aqui fica e aqui desaparece.

Há criaturas do tempo e do espaço que nem sequer têm inteligência. Por múltiplas razões vêem-se privadas de um mínimo de espiritualidade. Muito bem, segundo o estabelecido por Ab-bã, esses humanos não são “despertados” depois da morte. Devem esperar, num sono coletivo, que chegue sua hora. E não pergunteis mais. Aceita minha palavra. Não confundais imortalidade com vida.

A vida sempre precede a imortalidade.

Esta, de forma definitiva, depende daquela. E não esqueçais que a vida é uma
prerrogativa do Pai. Eu disponho desse poder por sua imensa generosidade. Vós, ao contrário, não estais capacitados para colocá-la em pé... O homem nunca criará a vida. Enquanto pertencer ao reino do material... nunca conseguirá fazer isso. Nunca!

Não esqueçais a vida é sagrada. É patrimônio do Pai. Abortá-la, suprimi-la ou feri-la é um desprezo a quem a entrega... gratuitamente.

No “outro lado”, lembrarás e serás lembrado. Reconhecerás e serás reconhecido. Nenhuma das tuas qualidades se perderá. Lembrarás de tudo o que valer a pena. Tudo o que te emocionou e serviu para progredir. O resto, as tendências puramente animais, os vícios e defeitos, desaparecerá com o cérebro físico. Verás teus pais e todos teus entes queridos. Eles te ajudarão, mas, insisto, aquele lugar não é como este. Lá não existem laços familiares, tal como vós os interpretais aqui na Terra. Nesses mundos não há lugar para conceitos como “pai”, “família”, “esposa” ou “filhos”. Sois como anjos!

Nessa nova realidade, o Amor é tão pleno, intenso e limpo que os pequenos deuses não sentem falta dos antigos e limitadíssimos afetos humano. Vossa alma imortal, enfim livre, ficará tão deslumbrada que nada do que agora considerais prioritário vos fará sombra. Eu vos repito; tereis entrado numa aventura fascinante.

Centelha e alma imortal não são a mesma coisa. Mas não te atormentes. Tudo será revelado... em seu devido momento. Essa presença divina, a “centelha”, quando morreres, se ocupará de guardar tua memória. Ela a manterá a salvo até o momento de tua ressurreição.

Eu disse memória e não mente. Esta, como parte integrante do teu cérebro físico, se dissolverá com o corpo. A alma imortal é outra criatura, independente da memória e da mente física. E essa é acolhida depois da morte pelo teu anjo da guarda. Ele cuida dela e a conserva também até o sublime instante da ressurreição.

No instante exato da ressurreição, a alma e a memória se reúnem. E caminham
juntas... para sempre. A centelha é o terceiro “viajante” a caminho da Perfeição. Essa viagem dura o tempo justo e necessário. Incompreensível em termos humanos.

Dizei-me: sabeis de alguma coisa na natureza que se repita? E por que o
fenômeno da morte seria uma exceção? Teu Pai “sabe”...

O céu, o Paraíso, está muito além. Agora é impossível para vós entenderdes sua
autêntica natureza. Nos mundos que vos aguardam depois da morte só podereis
intuir essa imensa, imensa maravilha. A filosofia que rege os universos não pode ser entendida pela inteligência material. Não vos preocupeis...

Respondei-me: se os cientistas não tivessem a possibilidade de comprovar a metamoforse de uma mariposa, aceitariam que essa criatura teria sido primeiro
uma lagarta?

Deixai que eles passem ao “outro lado”. Então verificarão que as leis que governam essas outras realidades são tão físicas e rígidas como as leis do tempo e do espaço.

A surpresa, então, os deixará perturbados. Eles, as “lagartas” na terra, terão se transformado em “mariposas” ágeis e deslumbrantes. Vós sois testemunhas. O Filho do Homem, uma “lagarta”, fará o milagre e se transformará em “mariposa”.

Insisto: limitai-vos a ser mensageiros de minha palavra.

Minha ressurreição não depende de ninguém. Eu sou a Vida. Não deveis cair no
erro de associar esse gesto de piedade e respeito, por parte dos meus, com a
realidade da minha volta à vida.

Enchei-vos de esperança! A morte é só um sonho! Sois imortais por expresso
desejo de Ab-bã!... Sois filhos de um Deus! Transmiti isso!

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É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros, aconselhar o caminho reto a quem passa, receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco... Mas enquanto nos distraimos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição. Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva... Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!... Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito André Luiz. Araras, SP: IDE. 1978.