segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sobre os Tempos Vindouros e o Destino dos Apóstolos


Rumo à Porta da Fonte, o Rabi disse a seus discípulos:

Vedes essas pedras e esse Templo maciço? Pois em verdade vos digo que chegarão dias muito próximos em que não restará pedra sobre pedra. Todas serão postas abaixo.

Do cimo do Monte das Oliveiras, o grupo se detém, observando Jerusalém banhada pela luz do sol poente. Pergunta um dos discípulos:

Diz-nos, Mestre, como saberemos que esses acontecimentos estão a ponto de ocorrer?

Sim, eu vos contarei sobre os tempos em que esta gente terá enchido a taça de sua iniqüidade e a justiça cairá sobre esta cidade de nossos pais... Estou prestes a vos deixar. Vou ao meu Pai. Quando vos deixar, tomai cuidado para que nenhum homem vos engane. Muitos virão como libertadores e levarão muitos para o mau caminho. Quando ouvirdes rumores sobre guerras, não vos consterneis. Ainda que tudo isso ocorra, o fim de Jerusalém ainda não terá chegado. Tampouco vos deveis preocupar quando fordes entregues às autoridades civis e perseguidos por causa do Evangelho...

Sereis banidos da sinagoga e feitos prisioneiros por minha causa. E alguns de vós morrerão. Quando fordes levados diante de governadores e dirigentes, será como testemunho de vossa fé e para que mostreis firmeza no Evangelho do reino. E quando estiverdes diante de juízes, não vos angustieis de antemão sobre o que deveis dizer: nesse mesmo momento o espírito vos ensinará o que deveis responder a vossos adversários. Nesses dias de dor, até mesmo vossos parentes, manobrados por aqueles que repudiaram o Filho do Homem, vos entregarão à prisão e à morte. Por certo tempo, sereis odiados por minha causa. Mas mesmo nesse momento, não vos abandonarei. Meu espírito não vos deixará desamparados. Sede pacientes! Não duvideis de que o Evangelho do Reino triunfará sobre os inimigos e, no devido tempo, será proclamado por todas as nações.

André: Mas, Mestre, se a Cidade Santa e o Templo vão ser destruídos, e se tu
não estarás aqui para nos orientar, quando deveremos abandonar Jerusalém?

Podeis ficar na cidade depois da minha ida, mesmo nesses tempos de dor e de amarga perseguição. Mas, quando finalmente virdes Jerusalém sitiada pelos exércitos romanos, após a revolta dos falsos profetas, nesse dia sabereis que a desolação terá chegado. Então vos devereis refugiar nas montanhas. E não deixeis que ninguém vos detenha enm que outros entrem. Haverá grande conturbação. Serão os dias de vingança dos pagãos. Quando tiverdes fugido da cidade, essa gente insubordinada cairá sob o fio da espada dos estrangeiros. Entretanto, ei vos dou um aviso: não vos deixeis enganar.

Se algum homem vos disser: “Vede, este é o Libertador!” ou: “Vede, aqui está ele!” não acrediteis. Aparecerão muitos falsos mestres e outros serão levados para o mau caminho. Não vos deixeis enganar. Lembrai que eu vos adverti com antecedência.

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É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros, aconselhar o caminho reto a quem passa, receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco... Mas enquanto nos distraimos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição. Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva... Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!... Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito André Luiz. Araras, SP: IDE. 1978.